sábado, 9 de maio de 2020

ALEXANDRE GOMES TAVARES - INSTRUTOR DE VOO LIVRE RJ


VOE COMIGO  021 9 6473 8499

Nasci em Niterói no Rio de Janeiro. Filho de professora, minha mãe era bióloga. Era uma criança do subúrbio, da periferia. Sempre fui uma criança muito ativa. Eu adorava carinho de rolimã, descia uma ladeira íngrime voando, brincava também de cafifa, peão, beloque, polícia e ladrão. Eu não tinha em mente uma profissão que gostaria de seguir. Pelo contrário conforme o filme que assistia queria seguir naquele momento a profissão daquele ator. No filme do Motoqueiro Fantasma, eu queria ser o motoqueiro. Então eu era muito influenciado pelos desenhos e filmes. Eu sempre fui uma criança muito radical.


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Na escola era um aluno muito imperativo. Então a escola não era um lugar muito atraente. Era bagunceiro de falar, de ir no banheiro, as aulas de educação física eu extravasava um pouco mais Quando estudava na escola eu brincava com os amigos que fazia bicicross. No futebol eu era muito ruim, assim eu era meio rejeitado. Era um cara radical, diferente. A escola não tinha coisas atrativas, nem mesmo na educação física. Ela só oferecia as coisas tradicionais, futebol, voleibol, poli chinelo. Então, eu não lembro, coisas muito marcantes no colégio.


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A parte mais marcante que lembro é que roubaram uma prova da escola que na época era confeccionada em mimeógrafo em uma sala exclusiva para só elaborar as provas. Tentaram me acusar como autor inutilmente sem ter como provar.  E o que talvez deixava indignado a direção da escola é que eles sabiam que todos nós sabíamos que foi o autor da presepada, mas ninguém dedurou os dois autores e a Direção nada podia fazer relativo aos autores e ao contexto como um todo. Na época era tão imperativo na escola que tudo que acontecia na escola diziam que era eu. Então tudo caia na minha conta na minha adolescência. Outra vez minha mãe foi chamada na escola porque me acusaram que eu levei bebidas numa excursão da escola.


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Então, minha mãe ouviu calmamente todas as reclamações da direção da escola sobre o fato das bebidas e as consequências que eu desta vez levaria. Então minha mãe apenas comunicou a direção que estavam enganados porque eu não havia ido na excursão em razão que não tive o menor interesse pelo passeio, e ele havia ficado em casa neste dia. Enfim, tudo que acontecia de ruim na escola sempre caia na minha conta. Mas eu nunca fui um aluno irresponsável e de destruir as coisas, sempre respeitei os professores, até porque minha mãe era professora de biologia em outra escola e tive uma excelente educação. Era muito imperativo, de conversar muito, não ficar parado, não querer ficar sentado, não conseguia ficar na sala de aula, não era atrativo ficar na sala de aula, esses tipos de coisa, entendeu ? Nunca fui um aluno rebelde de desrespeitar professor, de depredar o patrimônio da escola. Uma das minhas peripécias era usar o banheiro dos professores e quando eles percebiam reclamavam que não era para eu usar o banheiro dos alunos.


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Outra coisa que fazia era se davam mole, pulava o muro e fugia da escola sem ninguém perceber e me mandava pra brincar em casa. O máximo que gostava da escola era o handebol, onde cheguei a participar de um campeonato entre as escolas e chegamos em terceiro lugar, mas também não foi uma coisa tão fanática assim como eu era com bicicleta e skate. Eu achava muito engraçada porque tudo sempre era minha culpa, tudo cai na minha conta e todos meus colegas já sabiam disso. Era muito injustiçado. Pra ter uma ideia, isso que te contei, o pessoal se embriagou feio, bebeu todas, para não dizer coisa pior e já estavam dizendo que a culpa era minha. Sempre fui crítico das coisas, eu tinha uma sacada diferente, era engraçado, fazia a galera rir, era um pouco líder, referência dos colegas.

                        
 Não prestava muita atenção na aula, não fazia muito exercício, mas tirava notas boas e outras vezes tirava alguns zeros, cheguei a ir em recuperação algumas vezes. Mas hoje eu compreendo que o aluno imperativo tem que ser atraído pela escola, pela matéria, pela escola, pelo método de ensino. Eu acho que o método de ensino tem que ser revisto, você tem que ser atraído pelo ensino, então você se dedica mais. Aquele modelo tudo igual para todo mundo, não servia. Ainda acho isso errado. Entendo que cada pessoa deveria ter um método de ensino diferente e principalmente utilizar as práticas do dia a dia como ensino. De repente uma pessoa não gosta de matemática, mas meche com motor e faz uma conta que é uma maravilha. Meche com dinheiro e sabe melhor que ninguém sobre matemática. Enfim utilizar mais conceitos lúdicos de aprendizagem do que simplesmente e só teorias.



A escola deveria fazer um link da teoria com o dia a dia dos alunos. Isso eu nunca vi na minha época. E acho que hoje em dia já existem escolas que adotam esse conceito da pratica do dia a dia que você vai encarar mais à frente no mercado de trabalho, com profissionalismo  ou aposto se você falar sobre física e se me falar sobre aerodinâmica, por exemplo eu iria ficar louco, eu iria ficar amarradão. Sobre evaporação com lance das térmicas do voo livre por exemplo eu ficaria fascinado. Então é usar esses tipos de exemplos para motivar a gurizada e tornar as coisas mais atrativas. A questão da sustentação ou do arrastro. Isso tudo são pequenos exemplos. Eu por exemplo se fosse dar uma aula de física para a criançada iria utilizar como elementos lúdicos o voo livre e você pode usar milhares de outras coisas que as pessoas gostam.


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Na verdade eu tinha uma brandaime, que é uma bicicleta de amortecedor, onde eu empinava muito ela. A rua que eu morava tinha em torno de 500 metros e boa parte dela eu empinava a bicicleta. Sempre fui apaixonado por brincadeiras radicais. Certa vez construímos uma rampa que projetava a bicicleta para cima, e eu fui pular essa rampa e a bicicleta foi projetada muito pra cima, a bicicleta caiu com uma roda só, a de trás, e eu ainda consegui empinar, eu sai andando com ela, mas não teve jeito cai e fui com tudo, e cai de bunda no chão. Minha mãe de longe assistiu tudo, ela ficou muito preocupada com minha coluna. E de castigo furou o pneu da minha bicicleta, deixando um tempo sem. Eu acabei ficando doente, fiquei com febre porque não podia andar de bicicleta. A gente pegava papel de pipoca e transformava em luvas quando estava com as mãos machucadas e cortadas.

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Colocávamos tampa de Claybom nas rodas para fazer barulho de moto. Nessa época nem sonhava em nada de voo livre, isso tudo era distante da minha realidade. Quando surgiu o skate da coca cola, eu não largava ele. Meu fanatismo quando criança mesmo foi a bicicleta. Eu tinha um irmão que tinha moto, e a gente gostava muito de moto cross. Aos dez anos de idade, quando ainda não tinha a consciência dos riscos de incêndio que tenho hoje tenho, gostava de ir aos campeonatos de balões gigantes enormes, também naquela época nem era difundido os riscos de incêndios nas cidades e nas matas. Hoje já adulto sei da irresponsabilidade que é soltar um balão e suas consequências, perigo de fogo e essas coisas.


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Nunca fui uma criança de viajar de avião. Aliás até hoje viajei pouco de avião. Devo ter voado no máximo cinco vezes e isso ainda foi bastante. A verdade é essa. Viajava muito de carro. Meu primeiro voo de avião foi pela Gol do Rio de Janeiro para Porto Alegre, fui para o sul com amigos para voar de parapente em Sapiranga e Nova Petrópolis, fui no cantinho na janelinha. Eu voei de parapente bem antes que de avião. Meu sentimento ao entrar no avião era de uma curiosidade enorme de nunca ter voado sabe, com pouco de mistura de medo. Lembro que nos dias anteriores havia ficado bem ansioso e preocupado para voar. Felizmente esse voo foi bem tranquilo, nada de turbulências. Foi bem legal, muito bacana. Foi uma experiência maravilhosa. Mas eu tive um outro voo, também voltando do sul de um casamento que peguei uma turbulência que eu dei uma boa rezada, o maior silêncio dentro da aeronave. Eu sempre fui muito curioso a respeito de desastres aéreos, era apaixonado por esses tipos de filmes de aviação em geral.


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Muito curioso nessas paradas para fins de conhecimento mesmo de ver como funciona. Eu me sinto muito mais seguro voando de parapente do que de avião. Porque o avião tem tantos parafusos. Tanta coisa que pode dar tanto problema. Então, a gente fica sempre com um pouco de medo. Esse meu medo no primeiro voo de avião, não foi um medo de pavor, nada disso não. Foi um misto de combinação de medo, curiosidade, empolgação e de sonho e realização de estar realizando aquilo pela primeira vez, de estar conquistando aquilo. Posso até dizer que é engraçado a gente voar de parapente e ter medo de voar de avião. E todo mundo anda de avião, todo mundo trabalha com avião, até parece que voar de avião é que nem andar de ônibus. E para mim aquilo estava sendo novidade. Era a primeira vez que eu estava andando de avião realmente, depois de velho e coisa e tal. Foi mais ou menos isso.


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Eu fico fascinado por voos a noite, quando posso olhar as cidades iluminadas lá embaixo. Eu fico o tempo todo na janela observando, vendo e pensando. Enfim fico fascinado com as visões noturnas. Muitas vezes é perto do mar, então não se pode ver muitas luzes. Mas quando se voa em cima das cidades, eu fico fascinado olhando na janela. Assim eu nem percebo o tempo passar. Acaba sendo muito rápido o voo. Nunca fiz voos com escalas, sempre direto. Eu sempre voei para o sul do Brasil. A minha maior adrenalina sempre foi nas decolagens e nos pousos, quando eu fico mais impressionado. Eu fico muito apreensivo na hora que vai chegando o pouco, a gente sabe que é a hora que pode dar merda. Mas durante o voo sempre estou tranquilo, na janela, fascinado, admirando e pensando na vida. Admirando aquele visual e aquele momento.



Meu primeiro contato com o voo livre foi aos quinze anos. A maioria dos locais de decolagem de parapente são mirantes que o pessoal visita. Como por exemplo Topo do Mundo, Parque da Cidade, Sapiranga. As pessoas vão para namorar, ver o pôr do sol. São pontos turísticos. Então eu tinha ido ao Parque da Cidade aqui mesmo em Niterói com uma namorada para mostrar o visual e curtir a natureza e tinha uma turma treinando e voando. Eu nem sabia direito o que que era. Eu fiquei observando os instrutores com rádios colocando alunos para voar e eu achei aquilo fascinante. Depois aprendi que aquilo era o famoso voo prego, ou seja, é o voo que o piloto sai da rampa e vai direto para o pouso. Eu nunca imaginava que a gente pudesse ter a possibilidade de fazer aquilo. Mas por outro lado aquilo ainda era uma realidade distante para minhas possibilidades naquela época. Era adolescente, tinha quinze anos, não tinha grana. Parecia ser um esporte de elite, muito caro, sabe. Mas lá no fundo eu pensei, se um dia eu tiver oportunidade, gostaria de experimentar, de voar, isso eu gostaria de fazer.


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Passaram nove anos, e fui na casa de um amigo meu, que acabou "furando" comigo num evento que iríamos ir de exposição de barcos. E eu para não ficar com tempo ócio resolvi ir no Parque da Cidade, que era ali pertinho estudar para uma prova da Faculdade de Comunicação. E lá tinha um cara começando  a se preparar para voar e me convidou a fazer o voo duplo. Eu muito receoso e com medo deu como desculpa que estava sem a máquina fotográfica e deixaria para uma próxima vez, pois gostaria de fotografar. Então, o pessoal que estava por perto disseram que fotografariam a decolagem e o pouso e as fotos lá de cima e depois me mandariam. Por fim acabei voando no impulso. Achei maravilhoso, lindo, espetacular o voo. Pousei e já fui perguntando como seria para realizar o curso. Naquela época estava trabalhando como contato publicitário e já estava ganhando meu dinheirinho. E vi que tinha possibilidade de fazer o curso. As fotos que eles tiraram? Nunca me mandaram kkkk !!!!!  Mas foi assim que eu entrei no mundo do parapente.


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Na época que comecei a voar ainda tinha um pouco do pioneirismo, não eram muitas pessoas que voavam. Então, no começa tínhamos uma cultura que se caíssemos na árvore e arrebentasse uma linha, nós simplesmente dávamos um nós nela e saia voando e pronto. Não tínhamos muita preocupação com manutenção e segurança não. E foi assim, muito por acaso, sem planejamento que o voo livre entrou na minha vida, de forma inacreditável, não tinha muita grana, foi acontecendo. Falei para minha mãe e minha irmã, mas ninguém acreditou muito em mim. Quando todos viram eu estava com a mochila em baixo do braço e eu saia para voar, nunca tinham visto e eles saíram para olhar e então perceberam que realmente eu estava voando, e acabaram aceitando a nova realidade.



O meu curso não foi muito fácil, acabei quebrando o pulso da minha mão (osso escafoide) no morrinho. Minha mão ficou que nem um "S". E depois para completar eu quebrei a bacia. Eu voando  no treinamento fiquei com medo de um fio de alta tensão, estourei o parapente. Isso foi ainda quando da época do treinamento, quando estava aprendendo. Cheguei a andar de cadeira de rodas na recuperação da bacia.


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Depois de concluído o curso, fui adquirindo experiência, mais técnicas e consequentemente mais segurança de voo. Na época que comecei a voar de parapente era normal voar sem paraquedas reserva. Porque quem não tinha grana, reserva era luxo. A gente comprava os equipamentos por etapas. Primeiro comprava o rádio, depois o reserva. Estou brincando ....... Mas hoje são outros tempos. Atualmente se prisma muito pela segurança. Não se dá mais aula sem reserva. Mas na minha época devo ter voado uns seis meses sem reserva. Aliás quem comprou meu reserva foi minha mãe. Quando ela descobriu que eu estava sem, na mesma hora, mandou eu comprar. Meu primeiro parapente foi um bem velho todo furado. Tinha caído num fio de alta tensão de outro cara, tinha chapiscado ele. todo furadinho, foi o que eu comecei a voar. Fiz lindos voos com esse parapente furado. Foi muito bacana.


O meu treinamento foi em Leopoldina em Minas Gerais. Eu era apavorado de medo. Para falar a verdade muito apavorado, muito assustado. Com aquilo tudo. Para qualquer lado que eu iria pousar, eu pousava com uma velocidade enorme. Foi numa dessas que eu coloquei a mão para baixo e quebrei o pulso, entortei minha mão toda e fui para o Hospital aqui no Rio de Janeiro. A formatura no parapente é um pouco diferente de um batizado de um piloto de avião que normalmente toma um banho de óleo. Ou de um voo de balão que sempre é finalizada no pouso com uma garrafa de champanhe. Nós do parapente não temos algo assim formal, alguns no primeiro voo levam vinho, outros levam champanhe. E na formatura do curso ou no primeiro voo de rampa na escola eu costumo levar os meus alunos para uma churrascaria. Na minha época era tomar cachaça mesmo ou beber uma cerveja. Íamos para a noitada aproveitar e comemorar. Esse é o nosso ritual. Seria bacana pensar num ritual diferente como dar um banho de champanhe no primeiro voo de rampa, quem sabe né? Podemos inovar nisso. Poderia ficar bem marcante para o aluno, seria bem interessante.


A primeira vez de tirar o pé do chão era assustador por causa do morrinho. Porém minha primeira decolagem na rampa oficial, foi um dia muito claro, muito lindo. Num feriado de 01 de maio. Com um pôr do sol lindo e maravilhoso, e condição estava muito laminar e tranquila. Como eu já tinha feito muito morrinhos, eu estava muito tranquilo. Então meu primeiro voo de rampa foi sensacional . Foi uma sensação única e eu pedi para o meu instrutor para estar me decolando. Vários amigos que estavam decolando durante o dia me deram também o maior apoio. Eu havia ficado o dia todo na operação resgate e por fim decolei da rampa. Foi uma sensação única, inesquecível, muito bacana. Prestava atenção eu tudo, o pouso não lembro muito bem, mas foi tranquilo também. Esse dia ficou muito marcado, com aquele pôr do sol, exatamente no meu primeiro voo.


A gente vai tirando o pé do chão desde o tempo do morrinho aos poucos. Mas o morrinho era muito traumatizante, era com velocidade. Fazia umas curvas dinâmicas, com muita velocidade, ficava muito tenso. Eu não ficava confortável no equipamento, até porque o equipamento não era muito confortável. Equipamento de escola tem várias regulagens, então cada aluno vai e mexe. Mas esse primeiro voo da rampa foi sensacional. Não estava com tanto medo, mas a adrenalina lá em cima. Sem dúvida tinha mais medo no morrinho, até porque lembro que haviam uns cupinzeiros que volte e meia eu dava umas porradas neles, que não era mole não.


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A sensação de voar, só você voando para compreender. Eu já realizei vários voos magníficos, tanto solos como em duplas. Um voo duplo inesquecível foi ao redor do Cristo Redentor. Foi sensacional. Foi numa segunda feira. Filmamos e tudo. Me senti abençoado e agradecido. Agradeci no momento a minha mãe, minha irmã, as pessoas que eu gosto. Na hora vem uma sensação de privilégio de estar voando ao redor do Cristo, de estar naquele local. Nesse voo do Cristo eu já era muito experiente, já era instrutor. Você já tem que saber fazer uma boa leitura de todas as situações para fazer um voo dessa magnitude. Fui e voltei e pousei no gramado de São Conrado.

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Calculei tudo, sem o risco de pousar na metade do trajeto, com tempo bem folgado. Muita gente já tentou e teve que ficar no caminho, pousando no jóquei e até se machucaram pousando em árvores para fotografar o cristo, forçando a barra. Eu nunca me preocupei em provar nada a ninguém. Os meus voos eu sempre fiz para mim. Devo ter feito três Cristo. O voo do Cristo é um voo ícone. Todo mundo almeja e deseja fazer esse voo. Ao mesmo tempo que você se sente grande por chegar ao lado do Cristo, você também se sente tão pequeno por estar tão vulnerável ao lado da mãe natureza. É uma sensação de privilégio. Temos que respeitar tudo, fazer a leitura bem exata.


Eu nunca tive equipamentos eletrônicos caro, como GPS, variômetro, campass e outros, nunca tive essas coisas não. Sempre fui de voar no couro mesmo. Mas já voei com eles de um aluno, num voo duplo que havia comprado, antes mesmo de ter concluído o curso. Mas na verdade os equipamentos não me deram muita referência mesmo não. Como estou tão acostumado a voar sem equipamento. Então, a referência sem equipamento é muito mais fácil do que ficar realizando as leituras dos equipamentos.


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A vida de parapente tem muita história engraçada, a gente voa e depois pega muita carona. Eu já peguei carona com motoqueiro bêbado, na verdade a carona era muito mais perigoso que estar voando no parapente, o cara arrotava aquele bafo de cachaça, e eu acho que se eu acendesse um cigarro ele até iria explodir. Já peguei carona em caminhão de lixo. Pessoas fascinadas viram eu pousar e oferecer lanche e carona. Já pousamos em fazenda e o pessoal oferecer churrasco. Esse esporte fascina muita gente, e facilmente fazemos muita amizade. Lembro uma vez que estava um sol muito quente e eu passei mal quando posei numa fazenda e uma senhora ofereceu uma banheira antiga na rua cheia de água para eu deitar dentro, essa banheira servia como bebedouro para as vacas, a água era limpinha.


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O pessoal demorou um tempão para me resgatar e quando chegaram eu estava dentro da banheira me recuperando. Tem muita história gostosa. Já peguei carona em trator da prefeitura, carro na polícia. Eu pousei e estava caminhando na estradinha e nisso ouço a sirene da viatura, e penso agora só falta eu ser preso e o policial fala "o meu vimos você lá em cima, que legal, quer uma carona, entra ai". Outra vez, peguei um vento muito forte e levei um banho de poeira no pouso, nisso um senhor todo embriago me disse "para voar nesse negócio tem que tomar um negocinho para ficar um pouquinho mais leve, não tem não"


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Felizmente nunca deixei cair nada lá de cima. Isso é uma questão de segurança principalmente para as pessoas que estão lá em baixo. Agora incidentes de voo, já aconteceu de eu pegar um sudoeste entrando ali em Niterói a 70 km por hora  e ele vira de repente, a gente estava voando de norte e ele entre de sudoeste. Então quando entra o vento gelado da frente fria, ele entra por baixo e vai deslocando tudo que é ar quente, que é exatamente onde eu estava. Então dá uma diferença de temperatura que a gente sobe muito rápido e se subir muito a gente não consegue descer com rapidez.


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Então, foi a primeira vez que isso aconteceu comigo, eu subi em instante uma enorme distância em segundos e com muita calma tive que colocar em  pratica tudo que havia aprendido. Porque eu tive que descer numa espiral forte, caso contrário eu teria que encarar uma entrada para dentro da cidade, e eu já sabia que lá estaria pior ainda naquele momento, porque dentro da cidade o vento estava muito mais forte e gelado. Então encarrando os rotores, fechar a asa, cair num fio de alta tensão. Fui prudente e agi rapidamente com meus conhecimentos. Fui andando de marcha ré e cai dentro de um valão de esgoto. Cheguei a colocar só os pés. Mas não tive maiores problemas.


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E outro momento em Governador Valadares logo na decolagem tomei uma fechada de front stow, onde no interior ela afrouxa a linha e você caiu numa posição de efeito de corrimão querendo se apoiar e proteger as costas e você acaba estolando a vela. Assim, você vai caindo, caindo, caindo de costas e vai afrouxando as linhas. Então você tem que arrumar uma posição para que você libere a asa para você voltar a voar. Porque a posição de corrimão é de estolar a vela, ela fica louca, em cima da sua cabeça, como se fosse uma ferradura querendo voar e você não consegue. E tem várias situações perigosas que você pode cair dentro da vela e gerar um acidente sério. Nesse dia eu entrei nessa situação, fiz esse efeito corrimão, quando eu vi que iriar dar uma porrada na pedra, larguei tudo para jogar o reserva, eu estava com  uma cadeira nova, então eu tive que largar os freios todos da mão para poder achar o reserva. Quando fiz esse procedimento a vela voltou a voar tustaduo, ou seja, as linhas enroladas como se fosse uma trança. Eu tinha rodado no eixo. E então as linhas embolaram. Assim a vela estava voando para fora da pedra e meu corpo estava para a pedra. Com calma afastei da pedra e comecei a desenrolar e distustra. Então pousei com calma. O pessoal que estava em Valadares até apostou se eu no dia seguinte decolaria novamente ou não. Mas eu tranquilamente decolei e fiz um maravilhoso voo, meio tenso e nervoso, risos. Tem pessoas que numa situação assim abandona o voo livre para sempre.


Agora em voos duplos nunca tive problemas, até porque já faço voo duplos há mais de quinze anos e nessas situações tudo é muito planejado. Então é muita responsabilidade, Sempre fazemos trechos de absoluto conhecimento e sem riscos. Nestas situações de Curso com Aluno desprezamos qualquer situação que pode ocorrer risco de encararmos uma frente fria. Se eu vejo que a previsão na meteorologia de frente fria já nem marco voo nesse dia, para não ter esse risco. Claro que temos que estar preparado e qualificado para qualquer mudança de tempo lá em cima. Felizmente nunca peguei temporal. Mas já peguei chuva, acabei entrando dentro da nuvem, o parapente estava quente, condenso, correu um pouco de água. Foi uma chuva que não chegou nem lá em baixo, mas por nós estarmos dentro da nuvem a gente se molha um pouco. Mas não era uma nuvem perigosa.


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A sensação de poder proporcionar a outras pessoas a possibilidade de realizar um sonho de voar de parapente é magnifico. São histórias e histórias nestes meus quase vinte anos de professor de parapente. Cada aluno ou passageiro tem uma história de vida diferente, é uma emoção diferente para cada pessoa e temos que curtir aquele momento. Tenho muitos vídeo enviados por pessoas que voaram que estão postados no Orkut, que tem o maior prazer de dar o seu abraço, seu feedback e novamente agradecendo a oportunidade de ter voado comigo. Uma das maiores emoções que tive foi a oportunidade que pude proporcionar foi a um rapaz humilde que tinha o sonho de voar, que queria fazer uma asa delta de bambu e papelão.


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Ele era da limpeza pública aqui de Niterói. Esse voo com ele foi uma coisa muito emocionante, durante o voo ele me disse que a gente sempre tem que acreditar nos nossos sonhos e hoje estou realizando o sonho da minha vida. Cada voo é um voo especial. Já fiz casamento, pedido de noivado, o noivo colocar um cartaz lá em cima para a noiva aqui no chão, loucuras assim. Onde a expectativa é de a pessoa dizer sim, claro né. Imagina a pessoa faz tudo com a maior dedicação e carinho, gasta o maior dinheirão e na hora a outra pessoa diz "não", já pensou ? Felizmente todos os pedidos de casamento que eu fiz, sempre tiveram um final feliz. A galera tem muita criatividade.

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Já voei com uma menina de quatorze anos, o namorado havia pagado o voo e depois fiquei sabendo que ela ficou menos em tratamento de câncer após o passeio. Já fizemos com pessoas de idade com tratamento de câncer que tinham o desejo de ver a cidade lá de cima. Outro que me emocionou muito foi um motoqueiro que precisava arejar a cabeça e contou que havia perdido sua irmã e sua mãe estava em coma no hospital, isto lembrou minha mãe, que havia pouco tempo que havia partido. Perdi minha mãe com 81 anos, não sofreu tanto, a morte é uma coisa natural e completa o ciclo da vida. A gente nasce, cresce, desenvolve e morre. Tem países que até fazem festas, mas a gente não está preparado para isso. Eu ainda estava triste com a partida da minha mãe naqueles dias, e vendo o que ele estava passando, acabou diminuindo a carga pesada dos meus problemas, Deus as vezes coloca nos nossos caminhos pessoas para aliviar nossos sofrimentos, é muito estranho.


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Teve um senhor de oitenta e poucos anos, num dia de muito vento, e eu lhe disse por questão de segurança que não iríamos voar naquele dia não e ele me respondeu na minha cara "Pô ta com medo de voar com velho?" Então marcamos na outra semana. Assim, que pousamos, ele já pegou uma cerveja, hiper animado, bem de vida, muito feliz. Voo com crianças é muito emocionante também, as crianças Caio e Nicolas também foi sensacional. As crianças dão um feedback na sua pureza, na sua empolgação e na sinceridade. Lembro de uma criança que disse lá de cima "Eu criançada da creche eu estou voando."  Já fiz voo com pessoas especiais, uma delas foi a Camila que voou duas, uma em 2005 e outra vez em 2012. Tem pessoas que durante o voo que choram, outros gritam, cada um expressa a emoção de uma forma diferente. Outros me agradecem, me abraçam. É muita emoção durante o voo.


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Minha experiência como instrutor é que não se pode ter preconceitos, quero dizer conceitos precipitados de algum aluno. Somos surpreendidos muitas vezes por nossos alunos, as vezes eles têm uma falta de habilidade no começo como equilibrar o parapente, mas na hora da decolagem ele se dá muito bem. Na hora de risco, ele se resolve tranquilo. Tem alguns que são ótimos em equilíbrio e tal, mas se comportam diferente na hora da rampa. Assim, cabe a nós profissionais de voo livre, compreender com calma cada um de nossos alunos, suas habilidades, suas dificuldades, seus limites, e não querer ultrapassar as etapas da aprendizagem com segurança e com equilíbrio em conjunto da personalidade do aluno. O instrutor tem que passar segurança acima de tudo ao aluno. Ninguém aprende no grito ou no berro. Não se transmite conhecimento por osmose. O instrutor tem que entender e trabalhar os possíveis traumas e medos do aluno. Cada aluno é diferente do outro aluno. Muitas vezes o que a técnica que aplica com sucesso a um aluno, não irá funcionar a outro aluno, exatamente porque cada aluno é diferente do outro.


Por outro lado, o sucesso depende muito do aluno também, sua dedicação, seu esforço, vai ter que suar a camisa, a sua vontade de querer alcançar seu objetivo, infelizmente o aluno para alcançar seu objetivo final vai ter que ralar um pouco, porque senão não vai aprender com segurança a voar, e este é o objetivo, aprender a voar com segurança. Por exemplo a banda Rolling Stones tocam a cinquenta anos, mas quando vai fazer uma turnê, ensaia as mesmas músicas dezenas de horas, o voo livre é a mesma coisa para aprender a voar. Isto que as pessoas tem que estar em mente, praticar aquilo que gostam para fazer bem. E assim, cada vez a gente vai fazendo melhor. E isso me incluo também. Nós como instrutores não podemos nos relaxar, temos que estar sempre aprendendo coisas novas, novos métodos de decolagens ou de pousos, leituras diferentes. você tem diversas possibilidades numa decolagem, alpina, invertida, do ladinho, cobrinha entre outras. Não pode ficar estagnado só em uma coisa. Enfim tem que praticar e sempre buscar a segurança no voo livre e passar isso para os alunos. A prática leva a perfeição.


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Talvez a parte ruim, ou menos gloriosa de ser instrutor é que temos que ser atrativo, mas ser responsável também. Assim, incentivo pouco os alunos a pousarem em rampa e algumas outras coisas interessantes e charmosas no começo do curso do voo livre porque é um momento muito arriscado e prefiro focar a atenção deles a segurança. Fico muito focado a parte de segurança, como por exemplo se dedicarem bem a decolagem, a fazer a leitura da meteorologia e voo e principalmente um bom pouso. Essas são as coisas que entendo que o aluno tem que se concentrar em fazer bem.


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Incrivelmente nunca pratiquei nenhum outro esporte como Asa Delta, Paraquedismo, Paramotor ou Ultra Leve, mas pretendo ainda me permitir experimentar essas outras novidades. Tenho um pouco de receio e de medo. Até é um pouco estranho eu dizer uma coisas dessas, depois de vinte anos voando de parapente. Mas vamos deixar mais para frente, vamos deixar minha filha crescer mais um pouco, ela agora está com um ano e meio. Depois que ela nasceu eu fiquei mais cabreiro, mais caseiro, mais recluso, mais concentrado com ela. Por outro lado eu já fiz algumas lenhas. Lenhas a gente chama de merdas que a gente faz no paraquedismo. Já fiz voo triplo também. Incrivelmente eu sou um cara muito medroso, então, por isso me torno um cara muito seguro.


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Ou seja, escolho muito bem as condições minhas e de meus alunos para voo. Isso as vezes gera até um desconforto ou estres, porque o aluno vê outros instrutores colocando seus alunos para voo e eu não o coloco para decolar. Acontece que eu tenho um visão diferente de outras pessoas. Por exemplo colocar um aluno num dia que está lotado de parapente, quando muitas pessoas podem não respeitar regras de tráfico pode ser um risco, a personalidade do aluno, a minha visão sobre as possibilidades de mudança das condições climatológicas que poderão ocorrer de uma hora para outra. Não sei se eu exagero um pouco. Mas pecar de mais, não é uma coisa tão ruim. Também não quero que meus alunos percam totalmente seus medos, porque podem virar pilotos abusados e em razão disto sofrer um acidente, sem minimizar risco. Ou seja, uma pessoa que não tem medo, ela não minimiza os riscos. Acredito que devemos sempre realizar um checklist antes de voar, verificar se aquele condição do ambiente é aquela que você realmente deseja, se você está concentrado para voar, se o equipamento está perfeito. Então o mendo é um fator de segurança, estando ele no lugar e na dimensão certa.


Desde que eu voei pela primeira vez e até hoje muita coisa evoluiu no parapente. Muito material novo foi explorado. Então acredito que muita coisa ainda vá acontecer. O homem está sempre em evolução. Hoje existem linhas do parapente que são quase da espessura de um fio dental, é incrível, até parece que nem tem mais linhas, de tão finas que são e surpreendentemente é sua resistência. Por outro lado quando eu comecei as manobras era básicas e hoje existe uma infinita quantidade de manobras com variações de vários eixos. Assim é possível perceber que o esporte está em evolução o tempo todo e nem consigo imaginar onde iremos chegar.



Uma das minhas perspectivas é passar as coisas boas que vive até hoje para a minha filha e o voo livre está esquadrado nisso, que é a contemplação e respeito da natureza, é a amizade, o equilíbrio com as coisas, a gente saber a hora de decolar, saber a hora de ficar recluso, parado e até mesmo não decolar. É saber a hora de você estampar e entrar na nuvem e também ficar com os pés nos chãos. Então, isso tudo eu quero deixar de delegado para outros jovens, quanto apresentar isso para minha filha. O voo livre propicia muita coisa boa, como a união, controle emocional, as avaliações, temos que saber avaliar o clima, assim podemos levar isso para a vida. É o balanço que temos que estar checando, estarmos tomando conta, os cuidados.


Sobre o futuro do parapente acredito que poderá chegar a ser utilizado como meio de transporte por exemplo para as pessoas irem trabalhar, seja com motor ou sem motor, quase como se fosse uma bicicleta. As pessoas viajarem nas suas férias ou até mesmo a trabalho. Isso já é hoje uma realidade na França e nos Alpes, onde a galera pega um equipamento muito leve, uma mochila, uma barraca. Acredito que seja essa a tendência do parapente em grande massa para as próximas décadas, que permitirá as pessoas a voar, caminhar viajar. Isso é maravilhoso você voar, ver um lugar bonito, pousar e poder acampar, no outro dia ver o nascer do sol e depois decolar novamente. Inclusive existe até uma competição que decolam dos Alpes e vão até Mônaco, sendo mais de 1.000 km, onde só pode caminhar e voar, onde são condições extremas, com voos muito legais e claro com equipamentos muito modernos. Para se ter uma ideia um parapente normal chega a 35 kg e existem hoje equipamentos de até 6 ou 7 kg, muito pequenos e cada vez diminuindo mais o peso.


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Quero poder continuar nos próximos anos realizando meu trabalho de voo livre, atendendo os turistas, dando boas risadas, apresentando a gastronomia da cidade do Rio de Janeiro, a boa natureza, a boa cultura, tudo integrado num dia só. Continuar fazendo o trabalho de excelência. eu sou do TripAdvisor nós somos cinco anos consecutivos, com comentário positivos do mundo todo. Se alguém não conhece o meu trabalho eu sempre recomendo acessar o TripAdvisor que lá vai encontrar vários depoimentos de alunos e passageiros que voaram comigo e melhor do que ninguém podem falar sobre o meu profissionalismo.


Alguns são bem simples, porém demonstram bem o meu trabalho. Eu atendo pessoas do mundo todo. Existem depoimentos de brasileiros e de estrangeiros.
O voo livre casou com minha atividade profissional, pois sou Guia de Turismo, sou formado em Comunicação Social Propaganda em Marketing, trabalhei muito tempo na área de minha formação original e depois fiz o curso de Guia de Turismo por paixão e natural com o voo livre. Onde eu estava cansado de andar de terno e gravata. E o voo livre casou com o guia de turismo. Assim sou Guia de Turismo credenciado e também Instrutor e Piloto de Voo Livre. Quando eu trabalhava não tinha muito tempo para voar. Então optei em voar. Hoje trabalho voando. Isso é um espetáculo.


Tenho um projeto particular de levar o voo livre para pessoas que não tem condições, pessoas que tem o sonho de voar e muitas vezes as oportunidades da vida não permitem, Pessoas que as vezes estão doentes, desmotivas, que perderam um parente e que o voo livre poderia trazer esperança ou uma alegria para seus males. Com isso trazer novas esperanças, alegrias, quem sabe trazer forças para continuar suas caminhadas  e de continuar suas jornadas. Eu acredito que tudo que é bom, devemos propagar. Até no face tudo que é bom eu compartilho. Então eu tenho muita vontade de encarar um projeto assim. Eu não tenho o projeto pronto ou desenhado, mas as vezes levo algumas pessoas e é muito bacana poder colocar um sorriso no rosto destas pessoas, isso não tem dinheiro que pague, eu acho que já vale a pena.


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Agradeço muito a Deus por ter chegado até aqui. Agradeço muito a minha mãe, a toda minha família, aos amigos que não pertenceram a este meio do voo, que muitas vezes me olharam como maluco, que muitas vezes a gente estava olhando para cima, olhando para a nuvem, olhando para o urubu como referência térmica e as vezes a gente encontra um outro amigo do voo e passamos a conversar somente sobre aquilo. Então fica uma coisa chata, uma coisa de maluco. Agradeço ao amigos que me compreenderam e ficaram comigo até hoje, que tiveram a paciência, porque uma vez voador, somos um pouco lunáticos, meio fanáticos na coisa. A gente fala muito sobre isso, então algumas vezes somos um pouco incompreensíveis.


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O nosso comportamento é diferente. A gente olha pro céu de uma forma diferente, a gente faz uma leitura do céu de uma forma diferente. Agradeço a todos os alunos que depositaram a confiança em mim e todas aquelas pessoas que voaram comigo. Muitas delas ficaram minhas amigas e outras viraram voadoras também, outras retornam para voar novante e alguns trazem para voar a namorada, o pai, a mãe, já cheguei a voar em alguns casos depois com a família toda. Teve um caso que num ano o pai presenteou a filha e no ano seguinte a filha presenteou o pai. Cheguei a voar até com a irmãzinha de sete anos, sem cobrar nada que ficou feliz da vida.


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Adriana Souza 
Esse é um sonho ainda não realizado. Deve ser incrível! Quantas histórias legais vividas. Parabéns meu conterrâneo, pela coragem e persistência! Hoje já não sei mais se posso por ser cardíaca mas deve ser maravilhoso.


Joao D. Ribeiro 
Linda matéria. Emocionante narrativa. Parabéns!


Ale R Corte Nooooossa que foto linnnda isso sim.que é vida. que Deus a abençoe todos os seus voos até chegar ao céu. Anjos nasceram p voar!!!


Eduardo Cerdeira Paraquedas só como último recurso...parapente só se sair na barranco com 2 metros de altura...E olha lá..


Carlos Oliveira  Voar de Parapente ? Não. Tô fora

Isso e verdade, bem legal, história de voo livre trais boas aventuras, oportunidade vividas pra pessoa , lembranças boas e conhece outras pessoas no brasil e uma boa historia vivida no esporte .... ✅ 🪂 👍