Vou contar um pouquinho da minha história e da aviação que está sendo esquecida aos poucos. O tempo e o vento estão levando nossa história. Assim, vou aproveitar esse espaço para registrar minhas memórias. Mas para isso terei que fazer uma regressão no tempo. Lembrar de tantas coisas boas. De tantos amigos. De uma aviação que não existe mais. Quando voávamos no braço. Era uma época distante da atual. Sem toda essa tecnologia existente hoje, tanto nos aviões, quanto em tudo a nossa volta. Imagina nem existia celular, muito menos GPS.
Os aviões tinham meia dúzia de
botões, hoje tem centenas, para não dizer que já são milhares. O equipamento
que se tinha de localização a bordo não era radar. Era o "VOR" -
Viajando e Olhando os Rios. Naqueles tempos o aeroporto não tinha nenhum
recurso para nos auxiliar. Era tudo no "VOR" e ponto final. Voávamos nos
orientandos pelos rios das regiões, Rio Tiete, Paraná, do Peixe, São Francisco
e tantos outros. Quando não havia visual era através do relógio, ou seja,
sabíamos que teríamos que estar em determinado local em tanto tempo e sempre
com o "Mapa da Esso".
Traçava a rota, controlava o tempo de voo, se certificava que estava na proa correta, mas estava coberto de nuvens em baixo. Assim você acreditava que estivesse em determinado local pela sua experiência. E ajustávamos a rádio AM da cidade de destino, pois quanto mais perto ficávamos melhor ficava a fonia. Já em Marília tínhamos um facilitador a noite que era o farol, que ao girar você visualiza de longe o clarão por cima das camadas de nuvens.
Quando foi inaugurado o Museu havia inicialmente oitenta e nove aviões. E o João fez algo emocionante a todos nós, fez questão de convidar todos os pilotos que ainda estavam vivos da primeira geração da T.A.M. Além de termos sido convidados para a inauguração que havia sido aberta exclusivamente para a imprensa, autoridades e convidados especiais o João Amaro batizou alguns aviões com o nome dos comandantes Agrício Bernardo de Souza, meu pai Renato Zanni, Rubens Bombini. Nos convidou para estarmos juntos na inauguração ele. E nos recepcionou com um coquetel e após com um saboroso almoço.
A alegria do João na inauguração do Museu era tamanha que ele contou a história de cada um dos oitenta e nove aviões para nós. Eu até fiquei com uma dúvida se sua maior paixão acabou sendo o Museu ou ainda era voar. O avião com o nome do meu pai é o Cara Preta. O João é uma pessoa gentil e reconhecedora de tudo que nós fizemos pela empresa, que ele abriu as portas de todos os aviões do hangar e me disse na frente de todo o pessoal: "Plautio escolhe um avião para você levar para Marília e vamos construir um Portal na cidade!" Eu agradeci ao João e respondi: "Comandante onde vamos colocar um avião desses, e o custo da manutenção. O melhor lugar é todos eles ficarem aqui na sua guarda.
Eu doeu para o Museu e entreguei nas mãos do João alguns documentos que entendi que ficariam mais bem preservados com no Museu e que retratavam a história da TAM. Como envelope da companhia quando era em Marília, envelope quando mudou para São Paulo na rua Boa Vista, fotografia do primeiro balcão dentro da TAM no Aeroporto de Congonhas, entre muitas outras coisas. Nós sempre tivemos o costume de guardar tudo. Inclusive a primeira "asinha" foi desenhada pelo meu pai e pelo Milton Sciarretta, que ficava no leme do avião e nas nossas camisas.

Onde iniciou trabalhando com o Frank já como piloto formado. E acabou sendo um dos pioneiros da aviação de Marília. Incialmente trabalhou no Aeroclube, passou a ser mecânico chefe dos mecânicos juntamente com o José Sciarretta Sobrinho. Depois táxi aéreo, T.A.M. e por fim por conta própria.

O Aeroporto de Marília hoje é um dos principais do interior de São Paulo. Mas tudo iniciou em 1936 pelo nosso saudoso Frank Miloye Milenkovich, inicialmente foi construído o campo de aviação na beirada da Avenida Vicente Ferreira. E o primeiro avião era o Taylor Cub PP-TBH. A cidade precisava na visão de seus visionários Bento de Abreu Sampaio Vidal e do Frank ter novas soluções de transporte além do férreo e rodoviário. O Frank tinha dois hangares e trouxe dois aviões primeiros aviões para Marília. Um era um Taylor Cub com motor tri cilíndrico de 36 HP e voava com duas pessoas. Onde montou a primeira escola de pilotos do interior de São Paulo Escola Aeronáutica de São Paulo.
Depois construiu um novo hangar onde atualmente é o Restaurante Chaplin, existia na época uma madeireira de exploração de toras. Naquela época os aviões do Frank taxiavam pela rua de um hangar para o outro. Imagina uma coisa dessas: os aviões taxiavam pela rua. Isso é pura história.
É a história de Marília. É a história do interior de São Paulo e do Brasil. Naquela época existia até eucaliptos, no fundo do hangar principal da quadra de esportes do Estádio Municipal Bento Abreu. E foi assim que iniciou a aviação em nossa cidade. Isso tem que ser preservado.
Com o decorrer do tempo o Frank foi adquirindo outras aeronaves,
comprava das Lojas Mesbla. Isso mesmo, aquela antiga loja famosa dos anos 80. As
Lojas Mesbla vendiam até aviões. Isso é outra novidade que acredito que a
maioria do povo brasileiro nem saiba. Eu tenho até hoje uma carta comercial da
Loja Mesbla propondo a venda de um Piper Cube J3. Outra informação importante
de salientar é que chegamos a ser o terceiro aeroclube em formação de pilotos
no Brasil.
A primeira companhia a operar no Aeroclube de Marília foi a Star que era do Coronel Luft da cidade de Jaú, do Silvio Furquim Vasconcelos de Bauru e o Hugo Simeone esse sim tornou-se mariliense sim era de Bauru. O avião da Vasp descia no Aeroporto no início da manhã trazendo os corretores para comprar partidas de café nas cidades de Rinópolis, Parapuã, Tupã, Oswaldo Cruz, Adamantina, Lucélia e as pessoas que iam as fazendas Paraguaçu, Rancharia e outros locais. Dessa forma todas essas pessoas se deslocavam do aeroporto ao aeroclube pois precisavam locar aviões de pequeno porte para se locomoverem rapidamente.
A Star passou a atender esse público todo porque o Aeroclube não podia mais prestar esse serviço em virtude de não ser um táxi aéreo, mas apenas uma escola de formação de pilotos. Para solucionar a situação a diretoria do Aeroclube através dos Sr. Lázaro Ramos Novaes, Dr. Idreno Cavalari, Armido Guarezzi e todos os demais formou a Contax - Companhia Mariliense de Táxi Aéreo. Tempos depois a Contax foi vendida para o Anélio em Londrina, juntamente com a Star. Nisso o Agrício e com o Hugo Simione e formaram o Táxi Aéreo Hugo Simeone.
Em 31 de dezembro de 1960 foi fundada a T.A.M. pelos pilotos Agrício, Rubens Bombini, Valdir, Eleutério, meu pai Renato Zanni, Renato LOvato, Nelo, Salvador Borges, Archangelo e Durvalino Trazi. Mas sua certificação somente foi emitida em 16/01/1961. Conforme jornal da época, em dezembro de 1960 a T.A.M. já estava com dezesseis aeronaves e era a maior empresa de táxi aéreo da América Latina. Com seu crescimento ocorreu por uma divisão por territórios em suas bases. O Teco ficou em Presidente Prudente com 180, o Rubinho Bombine em Goiânia, o meu pai na base Rio de Janeiro, o Agrício na oficina de manutenção em Marília, o Paulo Paulete em Bauru e o Durvalino Trazzi na base São Paulo e a matriz ficou em Marília. Nessa época cada um voava num avião 180. E foram comprados três Twin Bonanzas PT-BJV, PT-BXL e PT-BTA.
Quando a T.A.M. chegou em São Paulo o
pessoal não queria mais voar com os teco teco. Haviam acabado de comprar dois
180 COS COT, que haviam vindo de um translado e Wichita para Marília. Tínhamos
que buscar outros dois 206 BXW e o BKH e em São Paulo ninguém voava com os
monos motores, os famosos teco teco. Acabaram comprando três TWIN Bonanza, o BXL que
já era do Sr. Orlando Ometto que entrou na companhia como sócio, o BVJ e o BTA
que venho da diretoria do Banespa - Banco do Estado de São Paulo.
Outra enorme novidade e surpresa para todos é que o SEDEX não foi criado pelos Correios. Novamente foi a T.A.M. Onde o Durvalino Trazzi era amigo dos diretores do Unibanco e quando foram comprados os aviões da Cessna por leasing. O monomotor não tinha aceitação no mercado de táxi aéreo em São Paulo. Começamos a transportar correspondências para o banco em caixinhas do tamanho de caixas de camisas e também jornais e revistas. Assim era avião para o Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e outras tantas cidades realizando transportes de malote, que hoje é Sedex. Foi uma estratégia operacional para melhor aproveitar os aviões e pagá-los.
Primeira asa da T.A.M. desenhada pelos pilotos Mílton Expedito Sciarretta e Renato Zanni
Quando o mercado percebeu o nicho de mercado todos quiseram montar, como o
Bradesco e os Correios, mas quem teve a ideia foi o Durvalino Trazzi. E, diga-se
também, que o Ave Noturna realizado pelo Orlando Bombine também já realizava esse serviço por conta própria com as empresas que tinha contato, isso antes da T.A.M. realizar transporte de malotes. E a rádio de
Marília quando ele pousava a noite chamava recepcionava ele dizendo a todos os
ouvintes "Bem-vinda Ave Noturna!"
Em seguida foi adquirido o
primeiro Azteka CRC, o Pipe que meu pai e o Otávio de Souza trouxeram dos
Estados Unidos. Em seguida vieram os Navajos 67 PTCZK e o CXY e outros dois Aztekas
BRY e o BRW. Esse BRY a J.P. Martins Aviação havia realizado um acordo com uma
empresa, e o Rubinho Bombine numa demonstração em Campo Grande. Assim a T.A.M.
tinha uma rede de pequenos aviões que podiam atender toda a região. Assim se um
cliente solicitava um avião em Londrina e não havia, na hora já decolava um de
Presidente Prudente. Não tinha avião em Marília, o de Bauru já atendia. O
segredo do sucesso da T.A.M. Táxi Aéreo foi ter uma aeronave sediada em cada
cidade de grande porte.
Na minha passagem pela TAM em São Paulo as aeronaves eram Dois Navajinhos PT Czk e Cxy Dois Aztec D BRY e BRW, um Aztec C o PT CRC, dois Cessnas 206 PT BKH, PT BXW e um Cessna 210 PT CGD que era arrendado do Ricardo Rodrigues, onde os comandantes da época eram o Maffia, Becari, Otávio, Rubens Bombini, Zavaglia, Murillo, deputado Heitor Botura, Paulo Pedroso, Henrique Cintra, Carlos de Assunção Medeiros, Garcês, Belo, entre outros.
A família Bombine na aviação era formada por cinco aeronautas, onde todos são de gerações e aviões diferentes. o Seu Orlando Bombine foi um dos pioneiros da aviação agrícola em Marília junto com o José Sciarretta Sobrinho, que é pai do Milton Espedito Sciarretta que começou sua jornada na TAM e aposentou no Master de 747 e MD11 na Varig. Tem o Orlando Bombine Filho que voou na TAM.
A T.A.M. tinha um contrato com a CESP - Companhia Energética de São Paulo e realizava muitos voos de São Paulo para usinas que estavam sendo construídas no interior do estado, como Xavante, Capivara, Ilha Cumprida, Ilha Solteira, Urubupungá, Rosana. Voávamos diariamente. As vezes fazia um para Ilha Bela com o familiares do grupo Atallah, mas ele gostava mais de voar com o Rubinho que era o piloto exclusivo do Grupo Atallah.
Tive que abandonar meu sonho de aviação comercial porque um gato ele me arranhou a vista e depois ao ir a uma fazenda o rapaz da oficina em Marília pediu para trazer algumas laranjas para o pessoal e ao colher no pomar eu enfiei um galho seco no olho direito.
Naquela
época Marília não tinha oftalmologista, tinha que ir até Campinas de trem.
Encontramos um médico perto de Marília que realizou os primeiros
atendimentos e retirou o resto do galho que havia ficado na vista e acarretou
minha impossibilidade de ingressar nas linhas aéreas, porque meu sonho era voar os grandões e não os pequenos.
Quando eu cheguei em São Paulo o Rolim já estava na Líder Táxi Aéreo. Vim de Marília para voar em São Paulo. Em seguida tirei a Carteira e Comercial e ingressei na TAM. Eu fiquei na TAM até 1971, quando depois meu pai vendeu as suas ações e decidimos comprar um Cessna Skyline PT-CAS que o João voava na região de Santa Terezinha e fomos voar taxi aéreo TACA - Táxi Aéreo Individual. Isso naquela época era possível. Hoje nem decola um avião do solo se não estiver totalmente regularizado a situação da empresa e do avião.
Pouco tempo depois meu pai
voltou a ser piloto exclusivo do seu Orlando Ometto e eu fiquei voando no sul do Mato Grosso, em Navirai, Tupã, Dracena, pegando um passageiro aqui, outro
ali. Voando para fazendeiros, empresários e deputados. Meu pai
depois comprou um modelo 210, o IPA e voltamos a voar na Suia Missu. Enquanto
isso eu realizava táxi aéreo em Dourados e cidades circunvizinhas e as vezes abastecia em Presidente Prudente.
Foto do PT -BXZ na sua pintura original quando meu pai Renato fez alguns voos na abertura da Fazenda Marilia, no Pantanal esses meninos hoje o mais novo tem mais de 40 anos
O Comandante Rolim saiu da T.A.M. no ano de 1967. Logo depois foi voar na VASP com os DC-3, junto com o Espedito. Um tempo depois recebeu um convite para voar pelo Banco BCN, que estava abrindo uma fazenda no norte do Mato Grosso. E lá o Rolim e seu irmão João criaram a Ata Táxi Aéreo. Em 1973 o Rolim retornou a TAM quando assumiu a empresa juntamente com os aviões da Ata para fazer parte da sociedade. Foi o Rolim que trouxe os aviões Cessna 402 e iniciou a Linha Aérea Regional e depois com os Bandeirantes, depois vieram os Fokkers 27. Mais tarde trouxe os mais modernos Fokker 50 e 100. Foi meu pai que certificou o Rolim no duplo comando no 180 quando ele chegou na T.A.M.
Os destinos de meu pai e o meu separaram com os do Comandante Rolim, voamos por céus diferentes. Mas a nossa amizade sempre continuou forte. Sempre nos encontrávamos em Marília e em São Paulo. Outra vez eu estava em São Paulo e ele me ligou me convidando para ir a Marília assistir sua palestra ADESG. Então viemos todos voando num Mitsubishi PT-BOY, estava junto sua esposa a Noemi, seu irmão Adolpho. E nessa ocasião tive a satisfação de ser seu copiloto e de ter realizado esse voo com o Rolim pilotando. São coisas que o tempo não apaga.
Uma semana antes do acidente do helicóptero nós estivemos em sua fazenda em Ponta Porã num churrasco que ele preparou. Casualmente eu e meu pai estávamos passando pela região e fomos até lá para abraçar o amigo. As vezes penso o que rumos aquela TAM poderia ter seguido no comando do Comandante nos dias de hoje? Provavelmente seria uma das maiores empresas do mundo.
E tem também a história do Ave Noturna, onde o Orlando Bombine juntamente com o José Schiareta Sobrinho como já disse foram os pioneiros da aviação agrícola no Estado de São Paulo. Colocavam a caixa de veneno que era o BHC, que hoje é proibido, para pulverizar os pulgões do café. Onde existe um motor embaixo do avião que faz circular e o piloto aciona a caixa de pó ou então com líquido. Depois surgiram o "Coco" (Elpidio Borghi) que era o pai do Carlos Borghi, ex presidente do Aero Clube de Marília e o Matos que era o instrutor do aeroclube de Vera Cruz.
Uma das minhas maiores tristezas na aviação, é que o celular foi inventado em época diferente da minha, quando eu estava no auge da aviação tirei poucas fotos com aviões. Coisas da vida. Eu sou apaixonado pela fotografia. E tenho poucas fotos minhas no tempo do Aero Clube e da TAM. Naqueles tempos não existia o costume da fotografia. E claro digamos que existia todo aquele ritual, de comprar um filme, estar restrito a 12, 24 ou 48 fotos.
Com o Cessna Centurión 210 PT - IPA na fazenda Suia Missu
Depois tinha que levar a uma loja para providenciar a "revelação do filme". Os jovens nem imaginam o que é isso nos dias de hoje. A revelação no início dos tempos levava dias para ser realizado. Hoje, você fotografa centenas de fotos com qualquer celular. Olha a fotografia e não gostou já descarta na hora. Imagina isso naqueles tempos.

A aviação de táxi aéreo é uma
grande escola. Porém diferente da aviação comercial, não tem como fazer um
planejamento da sua vida profissional. Hoje você está aqui e amanhã acolá. Hoje
você está em Manaus e depois estará Curitiba. Você voa Natal, Ano Novo,
Carnaval, Dia dos Pais. A família reclama que o marido sempre está ausente.
Onde fiquei no táxi aéreo até 1975 e depois passei a voar somente no piloto
privado. Atualmente trabalho com corretora de seguros e sempre estou
acompanhando os trabalhos no Aeroclube de Marília, porque o pessoal quererem fechar
os aeroclubes do Brasil.
Nosso aeroclube tem história que muitos nem tem conhecimento. Tivemos a primeira aviatriz no Ypiranginha PP-TLS. Ela se chamava Maria Aparecida Vieira Alves, seu nome de solteira quando brevetou. Na época era pista de grama. Sua família reside hoje em Ribeirão Preto.
Assim minha assistência é importante para não fechar esse importante canal que chegou em 1940. Alguns querem fechar o aeroclube que chegou em 1940 e o pessoal que quer tirar chegou em 2018. Como pode né? Participo também do grupo das Velhas Águias de Marília, que é formada pela terceira e quarta geração da T.A.M., como por exemplo o Milton Expedito, Ari Pinheiro, Rubens Bombine (esses dois últimos comandantes eram da primeira geração).
Otávio de Souza de São Paulo, Carlos Medeiros de Assunção (da segunda e terceira geração). E demais amigos pilotos de Marilia ainda vivos, e a saudades dos colegas que já estão no segundo patamar como Eleuterio Martins, Salvador Borges do Santos o No, Valdir Guarezzi, Nelo Ferioli, Durvalino Trazzi , Walter Falco, o Renato Feijó, o Cyro Peixoto, Paulo Paullete, meu pai Renato, Agricio o seu Efrin Bizagio, Sr. Lazaro Ramos Novaes grande empreendedor e entusiasta da aviação Mariliense já falecidos.
Quantas crianças, jovens e adultos poderiam visitar e fotografar. Poderiam registrar momentos inesquecíveis. Milhares e até milhões de pessoas jamais tiveram a oportunidade de voar. Que desperdício. Poderiam ter feito como lá em Porto Alegre ou em São Paulo que tem dois antigos aviões da Varig para as pessoas visitarem e fotografarem. Muito triste. Tudo isso é muito incrível e lamentável. Quando dizem que aqui é terra de índio, é mentira. Porque o índio preserva as suas origens. E nós nem isso preservamos.
A verdade é que temos memória curta. Talvez pior ainda, não tenhamos cultura. O mal do brasileiro é de esquecer e de não ter cultura. Esse DC3 foi o último a voar pela Varig com o prefixo VBN, que o meu amigo Expedito Sciarretta era o piloto. O próprio DC3 tem seu legado na história que a civilização moderna desconhece, foram utilizados na Segunda Guerra Mundial para o transporte de Tropas, tanque e guerra e Jipes.
Um Velho Águia Original é como um
lobo faminto, pode perder o couro de tanto levar tiro, mas nunca irá perder o
extinto selvagem de caçar um animal doméstico. Assim, eu sou, nunca irei perder
a oportunidade de sentir o vento bater em meu rosto, ter o manche em minhas
mãos, ouvir o soprar do vento lá em cima com o ruído do motor e poder olhar de
frente o horizonte no comando de um avião. Só quem já esteve lá em cima
pilotando sabe o que é isso. E nós da velha guarda, melhor ainda.
Aprovado o Tombamento A Câmara dos Vereadores de Marília retomou suas atividades na tarde desta quinta-feira (6), após o recesso de Carnaval, e aprovou o tombamento do Aeroclube de Marília. Com a sanção do prefeito Vinicius Camarinha (PSDB), o espaço será considerado patrimônio cultural do município. O tombamento foi proposto pelo vereador Elio Ajeka (PP), em passo importante para manutenção das atividades na cidade. Fonte: Instagram: MaríliaNoticia
AGRADECIMEMTOS ESPECIAIS AO VÍDEO DA ENTREVISTA
SALA DE ENTREVISTAS DA COM. DE REG. HISTÓRICOS DA CAM. MUN. DE MARÍLIA
IVAN EVANGELISTA JUNIOR
PROGRAMA RESGATANDO A HISTÓRIA - TV CÂMARA DE MARÍLIA